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terça-feira, 15 de maio de 2007

A manhã normal de cada dia.

Este texto escrevi faz tempo, ano passado acho...era uma época bem corrida! É meio grandinho, mas é engraçadinho! Lá vai então! bjus pra quem vier aqui..comenta né! :):)

Antes quero expressar minha indignação, alguém fez algo com meu texto...tiraram alguns pedaços, não sei como, mas sumiu...que raiva...dei umas remendadas só que não ficou a mesma coisa...tive que postar denovo...tô puta da vida! Vou postar de teimosa.


Acordei com um grande bocejo, estiquei os braços, levantei colocando o pé no chão, o esquerdo depois o direito, meus chinelos que sempre estão na beira da cama aguardando para serem calçados não estavam desta vez. Tudo bem, fui descalço mesmo, quando levantei pisei na ponta do lençol que arrastava no chão, e tropecei em algo que se escondia por “debaixo dos panos”, advinha, os chinelos. Fiquei contente em poder enfim não andar com os pés nus no chão gelado, mesmo tendo batido com o cotovelo na beira da cama. Sabe aqueles choquinhos angustiantes que dá quando isso acontece, pois é, mas esqueci logo e fui até o banheiro. Pena que eu esqueci de avisar a mim mesma que acabou a pasta de dente, sorte que tenho uma técnica especial pra retirar os últimos vestígios do creme dental de um tubo aparentemente vazio. O primeiro passo é pegar a pasta com jeito, colocá-la em cima da pia e ir dobrando a parte contrária à abertura da mesma, dobrando em dobras pequenas, para que a pasta escondida no fundo venha subindo com as dobras, o segundo é ir seguindo até chegar lá em cima, quando a embalagem parecer um rocambole não deixe ela se desenrolar, segure firme, geralmente tem um vestígio de pasta seca na abertura que atrapalha tudo, mas com o dedo mindinho ou com a ponta do pente sempre se resolve este problema, mas não esqueça de não soltar a parte enrolada, se não terá que fazer tudo de novo. Depois de conseguir tirar a gota de pasta que com custo coloquei em cima da escova, comecei a escovar. Movimentos aprendidos na escola primária e com toda calma porque precisava valorizar o fato de ter acordado mais cedo. Cantarolei algumas músicas misturadas, assim que peguei a escova de cabelos à mesma que no momento servia de microfone. Meu cabelo estava um tanto desequilibrado esta manhã. Não sei se foi a chuva da noite anterior, mas como eu já tinha enrolado tanto, meu horário já tinha passado de cedo para atrasado.
Pensei nas possibilidades, olhei para um creme que estava no armário há alguns meses, lembrei da simpática mocinha da loja de cosmético que me disse que este produto era milagroso, e como eu precisava de um milagre, ele era perfeito. E depois de uma pasta de dentes vazia um creme cheinho pra desfrutar. Com gosto espremi a salvação do meu cabelo nas mãos, mas quem esqueceu a tampa aberta? Espalhou pela pia inteira e pelo tapete também. Mas tudo bem, o importante é que eu ainda estou de pijama, minha roupa continua lá na minha gaveta bagunçada me esperando, amassada, porém longe do creme milagroso. A toalha que tava pendurada serviu muito bem pra limpar os excessos de creme espalhados pelo banheiro e ainda suportou limpar boa parte do meu pijama, mas meu cabelo continuou assim, sem saber o que fazer, então com o sexto sentido que tenho, muito aguçado, pensei que se tinha acontecido aquilo com o creme era porque ele não era pra ser usado. Suspeitei daquela vendedora da loja de cosmético desde o princípio.
Um prendedor de cabelo sempre ameniza a situação, apelei para meu porta-trecos, encontrei vários trecos úteis, tic-tacs de coração, de estrela, de joaninha, etc...Nem lembrava mais destas coisas...Escolhi o mais discreto (cor de rosa e uma estrela branca na ponta) pra prender minha franja que estava realmente rebelde esta manhã, o resto do cabelo já estava enrolado na piranha branca que tinha uns dentes quebrados, mas que “segurava as pontas” direitinho.
Um bocejo perdido teve a cara de pau de invadir meu rosto novamente, sabia que não deveria ter ficado vendo a minissérie da Globo até tarde, elas afetam meu bem estar pela manhã entre outros malefícios.
O pijama ficou no banheiro e eu corri pra fazer meus dez minutos restantes se transformarem em meia hora, fui na gaveta abri rápido e as cobertas que estavam, apoiadas umas nas outras despencaram sobre minha cabeça - que elas fiquem no chão - foi o que pensei para as insistentes cobertas que sempre cismavam em cair. Minhas blusas amarrotadas cuidadosamente desarrumadas na gaveta, não tinham graça nenhuma naquele momento, a branca não, a verde não, a rosa nem pensar me lembra este tic-tac de estrela, muita combinação pra uma pessoa no mesmo dia. Aliás, que blusa eu poderia escolher se meu ferro de passar tinha queimado, lembrei da minha mãe que sempre passava todas as roupas antes de guardá-las no guarda-roupa, mas do que adiantaria, se as gavetas amassam as roupas novamente, seria uma luta em vão. Achei lá no fundo da gaveta de pijamas uma blusinha branca, daquelas que combina com qualquer jeans desbotado, é ela mesmo, a escolhida a querida blusa que eu nunca dei bola e que jamais amassa. Coloquei as pressas e corri pra aproveitar os seis minutos restantes. Agora o pé, aquele que tava no chinelo encontrado de mau jeito ao levantar. Tênis, sandália, sapato...Fui até a sacada pra verificar o tempo, assim minha decisão seria mais inteligente. Chuva, tênis sem dúvidas. Agora ficou fácil é só pegar as coisas que preciso levar para o trabalho. Celular na bolsa, agenda...Onde foi parar a agenda? Será que está em baixo do lençol também, ou quem sabe no fundo de alguma gaveta. Continuei desesperadamente procurando, mais dois minutos se passaram e lembrei que eu tinha esquecido no trabalho. Ótimo, menos algo pra carregar.
O lixo estava um tanto suspeito, achei melhor levá-lo para baixo, já que estava com as mãos mais livres. Cantarolei mais algumas músicas misturadas, agora ainda mais misturadas, porque a correria facilitou. Quando falo música misturada, quero dizer pedaços soltos de músicas diferentes, e pra piorar os ritmos são diferentes também. Faço isso desde pequenina, no chuveiro principalmente. A manhã seguia normalmente, e eu me preparava pra descer, com a chave numa mão o lixo e a bolsa na outra. O Jornal tava lá, na porta, esperando pra ficar na pilha dos outros não lidos dos dias anteriores....Quando fechei vi que alguém do meu andar estava entrando no elevador, gritei para que me esperasse, afinal o elevador é bem disputado nesta hora da manhã! Saí correndo e agradeci o vizinho, era um dos muitos jogadores de futebol que vira e mexe se mudam pro meu andar, para o apartamento do lado pra ser bem precisa...nem comento as festas que rolam e os furdunços que escuto...
O lixo eu larguei as pressas em cima dos outros que transbordavam na lixeira do prédio. E quando abri a porta vi aquela chuva e lembrei: O guarda-chuva! Ai, esqueci! Ta aí um objeto estranho, sofre um tipo de carência aguda obsessiva o guarda-chuva, faz questão de ser esquecido só pra causar mal estar e tristeza no seus donos, mas eu não caiu nessa! Vai ficar preso no armário de castigo só de raiva! Não tem jeito a água desaba do céu, me obriguei a deixar o castigo pra depois...subi pela escada mesmo e abri a porta as pressas, cozinha-armário-GUARDA-CHUVA-cozinha-porta-elevador-porta-chuva.
Agora a pergunta era: o celular? Devo olhar o quanto estou atrasada? Não, mudei logo de idéia, pois os objetos se uniram num complô contra mim hoje. Deixa assim - corre que dá tempo!
A chuva molhava tudo, bolsa, tênis meia, calça e a blusa branca...Mas continuei correndo...
Na metade do caminho senti que estava suando em partes e molhada da chuva em outras...Mas com certeza não sabia mais distinguir o que era o que. Cada pisada que eu dava sentia o molhado da minha meia e o barulhinho que faz quando se está com o tênis cheio d’água. Socorro! Tenho problemas com barulhinhos inconvenientes, eles dão arrepio, pode parecer frescura, mas acontece.
Chegando no trabalho corri para o banheiro pra tentar amenizar o estrago, não sou muito derretida, mas a situação não era boa...dei de cara com a colega de trabalho que também não teve um bom contato com a chuva hoje...as duas ensopadas comentavam o caso e se preparavam pra encarar o ar condicionado gelado do patrão que fica na mesma sala.
Acho que será um longo dia, eu trabalhando toda molhada congelando... Ainda bem que penso sempre pelo lado positivo, meus dias não são monótonos...Ah! Isso não são!

Um comentário:

Pertinências disse...

Esse eu li em primeira mao hein... Bjos