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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Artigo do Jornal O Estado de São Paulo Airton Luiz Mendonça

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sangüínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e "apagando" as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). Em outras palavras, você não vivenciou aquelaexperiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a ...r-o-t-i-n-a. Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque). Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente. Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Os fatos...

Os fatos últimos são:

- Pré-projeto pronto, bora escrever a mono!
- Projeto encaminhado, briefing quase, quase...
- Agência atortuada, monte de loucos juntos, bem juntos, abafados com tanto trabalho e soltando piadas abafadas embaixo do cobertor, piada egoísta...cada um só aguenta a sua...
- Faculdade cheia de momentos, torturantes e enriquecedores, eu rendendo...acho!
- Casa, que casa? Ata, bagunça total...é oi e tchau...e o Fred, com cara de cachorro pidão, o que esperar de um cachorro tb...
- Amigos, saudade...
- Namorado, um amoreco...ajudando de montão...saudade demaissss...
- família, saudade sempre...da de casa...outros, "vévem" suas vidas e eu a minha..


É assim, bem resumido...só pra saberem que minha vida tá mais agitada que este blog...não é falta do que contar, é tempo escasso mesmo...


Bjocas ;)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Oieeeeeeee


"Amor é uma palavra OCA"

"Amor é uma palavra oca, que se tornou depósito das carências e lamúrias de nossa humanidade. As pessoas esqueceram que amor não é um sentimento, nem um prêmio que se recebe, mas uma atitude positiva, a de oferecer o melhor da alma ao mundo".


Adorei isso!


Bjus...vrum vrum...bibi...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ato de submissão

Submeto-me a deixar o espelho de lado.
Submeto-me a concentrar forças nos estudos.
Submeto-me a escutar mesmo querendo falar.
Submeto-me a dormir pouco, muito pouco.
Submeto-me a esquecer que existe um mundo divertido, a não

ser que este esteja na pauta de trabalho.
Submeto-me a correr de manhã, andar a tarde e correr a noite,

respeitando meu relógio biológico.
Submeto-me a tomar Centrum de “A” a “Zinco” e Geléia Real

para agüentar tanta submissão.
Submeto-me a fazer meu agradecimento antes de dormir,

falando pelo menos um muito obrigado antes de cair no sono.
Submeto-me a manter minhas amizades, mesmo com dificuldade

de ser amiga agora.
Submeto-me a cuidar do meu relacionamento nos pouquíssimos

minutos que sobram da minha semana.
Submeto-me a lavar meu cabelo com a raiz natural e as pontas

laranjas as duas da manhã, ligar o secador por alguns minutos,
com os olhos já fechando.
Submeto-me a não pensar em saudade, tristeza, emoção, qualquer

sentimento que seria normal a minha alma.
Submeto-me a não deixar de submeter.
Submeto-me a me formar.
Submeto-me a ganhar meu dinheiro e não entender onde ele

foi parar.
Submeto-me a pegar o carro todas as manhãs e descobrir

como a vida é arriscada, desde a garagem da sua casa, tendo
tantos pilares para ultrapassar.
Submeto-me a parar de escrever isso e ir tomar banho porque

amanhã tem mais submissão.
Boa noite!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Tem muito de burrice na inteligência.

Minha percepção está concentrada no seguinte: “Não sou idiota, apenas vejo as coisas de um jeito diferente dos outros” Cansei de entrar em nóias, chorar pitangas e derramar lamurias diante de situações sem jeito, sem solução. Descobri que a burrice é muito inteligente, e por isso, estou vivendo um período de intensa burrice. Pergunto, gesticulo, discordo, concordo, compreendo, fico zonza...Estou me permitindo um pouco. Me sinto burra em muitas, muitas vezes, isto é doloroso mas rende desafios. Pasmem! Estou vivendo agora assim, em busca da burrice eterna.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Dessa Vez - Nando Reis

É bom olhar pra trás
e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olha pra frente
É bom, nunca é igual
olhar, beijar e ouvir cantar
o novo dia nascendo
É bom e é tão diferente

Eu não vou chorar
você não vai chorar
você pode entender
que eu não vou mais te ver
por enquanto
sorria e saibao que eu sei:
-eu te amo

É bom se apaixonar,
ficar feliz, te ver feliz me faz bem
Foi bom se apaixonar?
Foi bom, e é bom e o que será?
Por pensar demais eu preferi não pensar
demais dessa vez

Foi tão bom e por que será?
Eu não vou chorar
você não vai chorar
ninguém precisa chorar
mas eu só posso te dizer
por enquanto
que nessa linda história
os diabos são anjos.